quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Banda larga brasileira está entre as piores do mundo

A banda larga brasileira tem crescido rapidamente, mas a qualidade do serviço deixa muito a desejar. Um estudo feito pelas Universidades de Oxford e de Oviedo, sob encomenda da Cisco, analisou a qualidade da internet rápida em 42 países, e o Brasil ficou em 38º lugar entre 42 países, à frente somente de Chipre, México, China e Índia. Em primeiro lugar, ficou o Japão. A Cisco fabrica equipamentos de comunicação de dados.
"O Brasil está pior do que a gente gostaria", disse Pedro Ripper, presidente da Cisco do Brasil. O estudo teve como base o resultado de oito milhões de testes feitos pelo site Speedtest.net, que verifica a qualidade das conexões de banda larga para consumidores. O índice de qualidade de banda larga, criado para o estudo, leva em conta as velocidades de download (recebimento de dados), upload (envio de dados) e a latência (tempo que um pacote de dados leva da fonte ao seu destino). O estudo não levou em conta o preço da banda larga e a densidade de usuários.
O Brasil fez 13 pontos no índice, que vai de zero a 100. A qualidade média da banda larga brasileira estaria bem aquém do necessário para a web atual, segundo especialistas. Alguns países desenvolvidos, como a Espanha, a Itália e o Reino Unido, também ficaram abaixo dos 35 pontos.
A qualidade da banda larga depende da infra-estrutura das empresas. A maioria dos contratos de banda larga no Brasil garante somente 10% da velocidade contratada, e existem momentos em que o usuário não consegue nem isso.
Outro estudo apoiado pela Cisco, e conduzido pela consultoria IDC, apontou que a base de assinantes da banda larga no Brasil chegou a 10,04 milhões em junho, um aumento de 48% sobre o mesmo período de 2007. "Isso mostra só o aumento da densidade, não dá uma foto completa da situação da banda larga", disse Ripper.

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